Diante das maldades de Binho em Rebelde, não é tão fácil imaginar o lado sensível e maduro do ator Pedro Cassiano,
de 24 anos. Bailarino premiado, ele venceu preconceitos para
concretizar seus sonhos. Aos 12 anos, começou a fazer aulas de street
dance e aos 15, passou a se dedicar ao balé clássico. Chegou a ganhar
prêmios importantes, como uma bolsa de estudos numa renomada escola de
dança na Nova Zelândia - a New Zealand School of Dance, durante um
concurso em Nova York.
"Às
vezes, quando estava em uma roda de amigos e me perguntavam ‘o que você
faz?’, eu respondia: ‘Balé’. Nossa! Ficava aquele silêncio e muitos até
pensavam que era brincadeira", lembra.
Em
entrevista à Contigo! Online, Pedro confessa que ficou com receio de
ser rejeitado pelo público por conta do caráter duvidoso de seu
personagem e que está solteiro, mas com o coração aberto para receber
uma nova namorada.
Futuro
Ainda
não tenho nada em vista para depois de Rebelde. O meu contrato é por
obra e depois que a novela acabar, não terei mais vínculo com a Record.
Existe a possibilidade de duas peças de teatro, mas ainda não nada
certo. A gente nunca sabe como vai ser o futuro, então vou aproveitar
essa fase para me aprimorar mais artisticamente. Quero continuar minhas
aulas de dança, teatro, ioga e luta para quando aparecer uma
oportunidade eu estar preparado.
Fim de Rebelde
Já
está pintando aquela saudade. Vivemos muitas coisas juntos. Eu construí
amizades que vou levar para a vida toda. Acho que vou sentir falta
desse clima de novela adolescente e de trabalhar com tantos amigos, tudo
foi muito motivador para que a novela tivesse o sucesso que teve.
Binho
No
início, eu fiquei com um pouco de receio. Escutava histórias de atores
que interpretavam vilões e eram xingados na rua. No meu caso, ainda
teria um agravante, o público era de crianças e adolescentes, que nem
sempre poderiam separar uma coisa da outra. Só que, graças a Deus,
todos me receberam com muito carinho. Alguns chegaram a me para e falar
"Nós odiamos o Binho, mas te amamos". Muitos também entenderam o lado
dele, a rejeição dos pais, a solidão entre os amigos. Agora, ele está
arrependido, ele vai mudar por causa do amor. Todos têm que entender que
a mudança é possível sim. Quero que a Pilar perdoe ele e juntos
terminem felizes.
Preconceito
Eu
comecei a fazer balé clássico com 15 anos e lógico que sofri
preconceito sim. Ninguém falava na cara, porque acho que sempre fui bem
firme e talvez tenha desenvolvido um ar até um pouco agressivo para
impor respeito, mas certamente existiam comentários. Às vezes, quando
estava em uma roda de amigos e me perguntavam. O que você faz? eu
respondia: balé. Nossa, ficava aquele silêncio e até chegaram a pensar
que era brincadeira minha. Tenho que confessar, eu mesmo tinha
preconceito antes. Eu vinha de dança de rua e sempre escutava que balé
era coisa só de homossexual. Eu tive que quebrar esse preconceito em
mim. Tudo o que o balé me trouxe era tão superior e tão maravilhoso, que
não poderia ter espaço para esse tipo de coisa.
Assédio feminino
Não
tinha como não ter assédio no grupo de balé em um grupo que em grande
parte era formado por meninas. Estou solteiro, mas claro que pinta um
beijo na boca de vez em quando. Sabe aquele burburinho das garotas
comentando (risos)? E por minha parte, confesso que era muito bom ver as
meninas adolescentes, de colan, aquela roupa coladinha em um corpo todo
definido, lindas, maravilhosas (risos). Conheci muitas mulheres nessa
época, principalmente nas viagens, em que nos apresentávamos. Fui muito
assediado, sim.
Solteiro
Oficialmente,
estou sem namorada há mais ou menos três anos e meio. Não estou
procurando, mas também não estou fechado para namoros. Acho que tem que
acontecer naturalmente. Chego a pensar que seria mais complicado me
relacionar com alguém do meio, mas não quero colocar mais nenhuma regra
para namorar. Já está tão difícil gostar de alguém, quanto mais se a
gente começar a colocar um monte de coisa como regra. Não me senti
atraído por nenhuma menina do elenco, não rolou nada mais do que boas
amizades.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
''Não me senti atraído por nenhuma menina do elenco'', diz Pedro Cassiano, de Rebelde
09:57
GostoRebelde
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