Rio - Chegar com Lua Blanco na praia não
foi uma tarefa fácil. Sucesso absoluto como
a Roberta, uma das protagonistas de
‘Rebelde’, da Record, ela foi abordada a cada
dois passos durante a entrevista para a ‘Já
É!’. Crianças e adolescentes enlouquecidos
formavam um cordão em volta da nossa
equipe em busca de uma foto com a estrela
‘teen’. “É muito gratificante ver todo esse
carinho e reconhecimento”, agradece a
atriz, que se apresentou ontem, com a
banda Rebeldes (com s no final mesmo), na
HSBC Arena lotada, com ingressos
esgotados. “Sempre dá um frio na barriga
quando vemos tanta gente na plateia.
Fizemos um show em Salvador para 18 mil
pessoas e parecia até o Rock in Rio”, conta
Lua.
Mas ela sabe que a fama tem também um
lado inconveniente. “Se dois ou três de nós
se juntam (são seis protagonistas) no
mesmo lugar, fica impossível andar”, conta
ela, que namora Arthur Aguiar, ator que
interpreta Diego, seu par romântico na
novela.
Os dois são discretos com relação ao
namoro. Com o sucesso, Lua aprendeu a
frequentar lugares mais tranquilos para
manter a privacidade. “Não tem como sair
para fazer nada sem aglomerar gente. Se
você quer mais privacidade, é melhor ficar
em casa. É um cuidado a mais que a gente
tem que ter”, revela.
E como sair de casa quando o mau humor
impera? Apesar de ser mais tranquila que a
estouradinha Roberta, Lua garante que
também tem seus dias mais tensos. “Sou
uma pessoa alegre, mas não sou feliz à toa.
Tenho momentos mais introspectivos, como
todo mundo. Confesso que tenho meus dias
de TPM. Mas sei muito bem diferenciar se foi
algo que me chateou ou uma reação do
corpo. Todo mundo tem seus dias
amargos”, completa a atriz.
Mesmo que seu nome sugira o contrário,
Lua diz ser uma pessoa diurna: “Gosto de
acordar cedo. Até viro a noite de papo com
amigos, mas o amanhecer é a melhor parte
do dia. Não sou de boates e gosto de ir à
praia. Vou sempre que dá”.
E foi na praia que contrariamos todas as
previsões astronômicas e presenciamos um
eclipse. Entre a areia e o mar, Lua Blanco
encontrou o Astro-Rei, ou melhor, seu
irmão, Pedro Sol. Ele faz parte do elenco da
peça ‘Beatles num Céu de Diamantes’, que
fica em cartaz até esta noite, no Teatro Clara
Nunes. “Cada família tem a sua
característica e a nossa é essa, já que meus
pais eram meio hippies, com uma ligação
com a natureza. Quando era pequena, era
doida para ter um nome normal, mas hoje
eu adoro”, confessa Lua.
Apesar de parecer ser bem resolvida, a loura
já detestou levar o mesmo nome que o
satélite natural da Terra. “Lua está em todas
as músicas. Aquela canção que diz: ‘Lua vai
iluminar os pensamentos dela’ foi o terror
do meu primário”, entrega. Nem seu pai
escapava das piadas. “Falavam que ele era o
Capitão Planeta”, diverte-se.
Pedro também conta que já sofreu com
piadinhas infames. “Falavam para mim:
‘Vieram na praia só para pegar o Sol’. Mas
hoje já nos acostumamos e temos várias
piadinhas internas”, conta Pedro, sem
entregar quais são as tais gracinhas que faz
com os irmãos Ana Terra, Estrela, Daniel Céu
e Marisol. “São brincadeiras de leve”,
disfarça.
Mas o que une mesmo a família Blanco não
é a ligação com a natureza, nem os nomes
nada convencionais. Netos de Billy Blanco,
que morreu ano passado, um dos ícones da
bossa nova, a música parece ser um
caminho natural para os irmãos. “Meu avô
foi meu primeiro parceiro musical e eu fui o
último dele. Ele me ajudou a compor as
músicas do meu próximo disco, que, agora,
vai ser uma espécie de homenagem a ele”,
admite Pedro Sol, que toca bem violão e
bateria, além de outros instrumentos.
Já Lua gosta de cantar. Na pele de Roberta, a
loura tem viajado por todo o País ao lado
dos outros protagonistas de ‘Rebelde’
fazendo shows com as músicas da novela.
“O meu instrumento é a voz e só arranho
no violão. Claro que sinto falta de cantar e
fazer coisas no palco com a minha cara, mas
meu foco agora é a personagem. Tenho
muitos planos para o futuro que vou
revelar na hora certa”, faz suspense.
Como a irmã (mais) famosa, Pedro também
se diz um cara ‘do dia’. “Normalmente, até as
10h da manhã eu já estou acordado. Mas
tive que me acostumar com a vida noturna
porque eu trabalho à noite. Na verdade,
fazendo shows, eu não tenho muita
escolha”, explica.
Falando assim, parece fácil ver os dois
irmãos juntos. Porém, momentos a dois,
atualmente, são bastante raros. “É muito
importante para a gente estar junto. É difícil
conciliar os horários, mas fazemos um
esforço”, admite Lua. Para fazer esta
reportagem, por exemplo, foram
necessários meses de negociação para
encontrar um horário comum.
A dificuldade é justificada por muito
trabalho. Ele no teatro e ela na TV e nos
palcos. E se tem uma coisa que eles fazem
questão é prestigiar um ao outro. “Eu já
amava o ‘Beatles num Céu de Diamantes’,
mas quando o Pedro entrou, fui assistir
várias vezes. Os Beatles nos influenciaram
muito”, diz Lua.
Fontes: O Dia / Portal RebeldeS/GostoRebelde